segunda-feira, 8 de março de 2010

Contribuição da atividade física no tratamento do portador de transtorno mental grave e prolongado em Hospital-Dia.

Prof. Osvaldo Takeda, na quadra, uma preocupação que vai além do físico.

Basquete no IPQ/HD

Descripción: Tendo como meta a reabilitação psicossocial, o Centro de Reabilitação e Hospital-Dia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (CRHD do IPqHCFMUSP) propicia aos pacientes uma gama variada de atividades terapêuticas grupais, com a finalidade de resgatar habilidades que o adoecer psíquico comprometeu, e de estimular potenciais não prejudicados assim como sua autonomia. Oferece a possibilidade de participar de psicoterapia, terapia ocupacional, atividade externa, convivência, desenho e pintura, literatura, cidadania, conscientização, psicodrama, cozinha experimental, reorientação ocupacional, vídeo, lazer, dança, massoterapia e atividade física. Esse leque de atividades, porém, torna difícil, para o pesquisador, avaliar a influência de cada uma isoladamente. Neste estudo, optamos por estudar o comportamento do paciente no Grupo de Atividade Física do CRHD citado, tendo foco a atividade terapêutica desenvolvida nesse grupo. Seus objetivos foram. 1)Validar um instrumento para observação da evolução do comportamento do paciente no Grupo de Atividade Física programada: 2) Observar a evolução do paciente nos aspectos dos domínios motor, cognitivo e afetivo-social no Grupo de Atividade Física do CRHD, segundo o instrumento elaborado; 3) Levantar hipóteses sobre a contribuição da atividade física programada no comportamento do portador de transtorno mental e na reabilitação psicossocial. Esta pesquisa foi desenvolvida em duas etapas: na primeira, utilizamos a pesquisa metodológica para a construção de um instrumento que nos permitisse, na segunda etapa, observar a evolução dos pacientes no Grupo de Atividade Física, por meio da pesquisa exploratória-descritiva. O local da pesquisa foi o CRHD citado. A população, constituída por dez pacientes admitidos no CRHD, que participaram do Grupo de Atividade Física. Eram adultos, de ambos os sexos, de diferentes faixas etárias, níveis sócio-econômico-cultural e condições físico-motoras. Foram respeitados os aspectos éticos preconizados pelo Conselho Nacional de Saúde e obteve-se a aprovação do Comitê de Ética da Escola de Enfermagem da USP e da Comissão de Ética da Diretoria Clínica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e assinado Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A maioria (9) dos participantes recebeu o diagnóstico de esquizofrenia e a totalidade (10) fazia tratamento com drogas psicotrópicas. O presente estudo não permite generalizações, portanto, as conclusões a seguir aplicam-se à população estudada: o instrumento construído para observação do comportamento do paciente no Grupo de Atividade Física foi validado, pré-testado e considerado adequado para a finalidade do estudo; as atividades físicas programadas estimularam o desenvolvimento dos participantes nos domínios motor, afetivo-social e cognitivo, tanto pela análise do pesquisador como na visão dos pacientes; e, foi possível identificar várias hipóteses sobre os resultados para futuros estudos.

Autor(es): Osvaldo Hakio Takeda -

terça-feira, 2 de março de 2010

Agregando, muito além da educação física...











Aquecer o físico, escolher o time, se harmonizar com os colegas, decidir passes (exercitando a iniciativa e inserir o indivíduo no grupo), complementar as jogadas. Resolver, saber de sua capacidade de raciocínio e decisão, acreditar-se. Esses elementos estudados, combinados, adequados a cada participante, fazem parte do trabalho, que vai além do aro, além da linha do gol... Incentivar passo a passo o trabalho de cada integrante da turma, para que paulatinamente o cidadão se reestruture, em conjunto com tratamento e atendimento médico oferecido no IPQ/HD, o indivíduo seja devolvido ao convívio na sociedade.